O vereador Ademir Abreu (PT) afirmou que o grande problema da violência sexual infantil são as sequelas psicológicas que ficam na criança ou adolescente que sofre o abuso. “Precisamos ter consciência e denunciar as agressões”, disse Abreu, ressaltando o trabalho e os resultados positivos do Conselho Tutelar em Vitória da Conquista. “O Estado precisa estar presente na periferia da cidade, promovendo a inclusão social, combatendo a miséria e oferecendo melhores condições de educação, como estratégias no combate ao crime sexual infantil”, disse.

O vereador Álvaro Pithon (DEM) destacou que a violência sexual contra a infância está presente tanto nas camadas mais altas, quanto nas mais populares. O parlamentar afirmou que o uso de drogas pode contribuir para o aumento dos índices de abusos contra crianças e adolescentes. “A sociedade tem o dever e missão de defender nossas crianças”, concluiu o parlamentar.

Já o vereador Alexandre Pereira (PT), ressaltou que esta é uma questão que deve preocupar a sociedade, pois são alarmantes os índices de denúncias envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes. Pereira destacou, ainda, que grande parte dos crimes que acontecem dentro da própria família, nem chega a ser registrada nos órgãos competentes. “Este tipo de violência deixa marcas psicológicas irreversíveis”, disse.

Para o vereador Joel Fernandes (PTN), a situação de exploração e abuso sexual que muitas crianças e adolescentes estão expostas, reflete a falta de princípios morais e religiosos da sociedade. “Os agressores são pessoas inescrupulosas”, declarou o parlamentar, destacando que cabe à família oferecer uma criação pautada nos princípios morais.

O vereador Néu do Gás (PSB) lamentou o expressivo número de casos de abusos contra crianças e adolescentes no país. Segundo o parlamentar, no Brasil, são assassinados 16 adolescentes todos os dias. “Precisamos defender políticas sociais que garantam o direito de proteção a nossas crianças”, disse, enfatizando a importância do cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A vereadora Lúcia Rocha (DEM) ressaltou a importância da sessão que discutiu os crimes sexuais contra crianças e adolescentes e destacou a miséria como a principal causa da exploração sexual de crianças. “Este é um dos mais graves problemas sociais do Brasil. É importante que a sociedade estabeleça políticas de combate efetivo a este grande mal, que já atinge a zona rural”, disse Rocha. A parlamentar cobrou a implantação de medidas emergenciais no combate aos crimes sexuais em Vitória da Conquista.

O líder da bancada de situação, vereador Beto Gonçalves (PV), afirmou que a incidência de abusos contra crianças atinge a sociedade em todos os seus níveis. O parlamentar classificou como “psicopatas” os agressores de crianças e adolescentes e reconheceu as limitações dos órgãos governamentais que lutam contra tal violência em Vitória da Conquista. “Ninguém pode tirar o direito de nossas crianças terem uma infância saudável”, disse o vereador.

O vereador Hermínio Oliveira (PDT) ressaltou que a internet é uma nova arma utilizada pelos aliciadores de crianças e adolescentes. Afirmou que a Polícia Federal e Ministério Público vêm investigando a utilização de sites de relacionamento como o Orkut, que se transformaram em instrumentos nas mãos de criminosos. O parlamentar ressaltou a importância da realização de blitz nas estradas, com o objetivo de coibir a prostituição infanto-juvenil.

O presidente da Câmara, vereador Gildásio Silveira (PT), afirmou que a discussão sobre o tema desafia a sociedade a tomar uma posição de combate efetiva aos crimes sexuais que têm crianças e adolescentes como vítimas. Silveira ressaltou a importância das políticas sociais implantadas pelo Governo Participativo, como o exemplo do Programa Sentinela. “Vitória da Conquista foi o primeiro município do interior a implantar o programa”, afirmou.
O parlamentar destacou, ainda, a atuação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e do Conselho Tutelar, que vêm cumprindo importante função no combate à exploração infanto-juvenil. “Esta é uma doença das mais graves em nossa sociedade. É pior que a dependência das drogas ou do álcool”, declarou Silveira.
O vereador chamou atenção para o fato de que as vítimas podem ser amigos, filhos, parentes ou pessoas próximas. Citou como o exemplo crianças do Vale do Jequitinhonha (Norte de Minas Gerais) que se prostituem por R$ 0,50. Silveira sugeriu a utilização do programa Rádio Cidadã Notícias no combate efetivo à exploração sexual infantil. “O debate deve se associar às ações do Conselho