Alguns dados iniciais dão uma ideia do quanto o trauma experimentado pelos pais é intenso. “As situações desses homens é particularmente difícil”, diz a pesquisadora. “As reações mais violentas – que incluem vingança – são quando os agressores são os padrastos ou os novos companheiros das mães.”
Quando não há laços entre os agressores e os pais – quase metade dos casos – o sentimento de vingança acaba não sendo a emoção dominante. Para esses pais o luto patológico é o sentimento mais comum. “Alguns pais disseram sentir como se tivessem presenciado a morte de alguém muito próximo. Esses pais acabam se distanciando dos filhos e sentem medo de que ter contato com eles possa reavivar o sentimento da violência na criança.”
Em outros casos as crianças podem realmente rejeitar os pais, pois o agressor também era homem. Esses pais são tomados por sentimentos profundos de desespero e de falta de amparo.
Mas é bom observar que em raras ocasiões a violência sexual contra crianças leva a uma aproximação maior dos pais, principalmente quando estes percebem que a melhora dos filhos depende de suas ações. A pesquisa indica que é necessário focar em como esses pais podem contribuir para amenizar o sofrimento dos filhos vítimas de violência sexual. Isso também pode aliviar o sofrimento dos pais com o fato e levar a uma recuperação mais rápida de toda a família.
De qualquer forma, é importante que os pais também procurem ajuda para enfrentar esse problema. Afinal, eles serão o porto seguro da criança neste momento dificil.
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